Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.

Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.

Em qualquer hora pode suceder-nos

O que nos tudo mude.

 

Fora do conhecido e estranho o passo

Que próprio damos. Graves numes guardam

As lindas do que é uso.

 

Não somos deuses; cegos, receemos,

E a parca dada vida anteponhamos

À novidade, abismo.

 

 

Fernando Pessoa* (1888-1935)

*Odes de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994).- 159.

http://arquivopessoa.net/textos/2716

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